O céu esta negro como águas noturnas,
sinto o gosto do êxtase de teus beijos e de teu desejo
escorrendo em minha garganta e afundando em meu peito.


E eu me pergunto: é esta a fome do luar pela qual tanto anseio?
nesta noite fria e familiar?


Parece que toda minha vida é esta noite, aliás como todas as outras.

Desejei chorar, ao ver tudo sombrio e convidativo.


Oh! lua pálido sol de minhas noites,
ouço tua voz que me diz algo secreto e misterioso.

E como uma sombra eu aguardo o silêncio,
mas vejo que me engara, pois o silêncio já me aguardava.


E a espera?
Ah! essa era como um prazer devastador.


Então durmo em meio a suores noturnos, derivados de um sonho louco e demente,
e eu sabia que a fome iria voltar novamente, e como sempre sedenta e doente.


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