Sinto um prazer doentio nessa solidão á qual fui condenado,
Tal como Danton, quando foi decapitado, pela madame guilhotina.

Mergulho num poço de volúpias tenebrosas,
E ao mesmo tempo, em algo infame e agradável.

Sinto um gozo perverso, ao tocar sua pele pálida e inocente,
E rindo penso:"Que em você amo um anjo, e em mim amo um demônio."

E em meio a poucos momentos, da minha lucidez,
vejo-me dentro desta imaginação conturbada,
De um poeta medíocre, mas de coração ardente,
Perdido num sonho de ópio.

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