Esta noite de luxúria parece nunca ter fim, ela desliza lentamente sobre
nossas cabeças, como um veneno que chega primeiro ao nosso cérebro
ao invés do coração.

Perdida nela estou, e sem palavras para descrever o fragor da
tempestade, e a confusão de sentimentos que me cercam.

mas sei que estamos abrigados no seio desta profana noite,
E isso nos deixou tão sossegados que o sono nos foi inevitável.

O amanhacer veio lento, sombrio e nublado;
debruçando-se sobre nossos corpos, que pela noite foram velados.

Calados assintíamos a triste rotina das horas,
sentindo o tímido conforto da maldita luz do sol,
Que insistia em sair por entre as núvens frias, e que refletia em teus cabelos cor de corvo.

E confesso que isso é tão maravilhoso, e que não há nada que me devore a alma
a não ser você, e esta noite de fragrância tão peculiar e que infelizmente já se foi.

 Uma noite quase perpétua consagrada ao prazer e a dor.






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